A estéril que deu à luz – Salmos 113.9

O problema da esterilidade

A esterilidade era algo que incomodava muito as mulheres nos tempos bíblicos; pois numa sociedade tribal, o número de filhos era em primeiro lugar uma garantia de continuidade da família, além de mão de obra no sustento da casa através dos gados, plantação e colheita nos campos e proteção da nação pelo aumento do número de homens para a guerra.

Portanto, ter filhos era essencial para a subsistência e o legado de toda a nação de Israel. Além do mais, qualquer mulher minimamente instruída na Lei de Deus, desejava dar à luz ao “Messias” prometido. Esse privilégio foi dado à Maria, bendita entre as mulheres (Lc 1.28,42)!

Na Bíblia temos vários exemplos de grandes mulheres de Deus que sofriam em relação à fecundidade. Dentre as matriarcas de Israel, podemos destacar Sara, Rebeca e Raquel como aquelas mulheres em que, Deus fez o milagre para que pudessem gerar filhos.

O papel do esposo

Seus maridos, certamente tiveram um papel todo especial, buscando em oração juntamente com suas esposas pela fertilidade de suas amadas. Podemos entender que orar contra a esterilidade é uma ação conjunta do casal. Crer contra as “evidências” é o que demonstra o tamanho da nossa confiança em Deus.

Abraão creu que Deus lhes daria um filho ainda na velhice (Rm 4.18). Seu filho Isaque, seguindo os passos da fé de seu pai, orava incansavelmente para que Rebeca tivesse um filho (Gn 25.21). O mesmo padrão deve ser repetido por todos os envolvidos no processo da cura, pois o casal é uma só carne!

Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe havia sido dito: “Assim será a sua descendência.” E, sem enfraquecer na fé, levou em conta o seu próprio corpo já amortecido, tendo ele quase cem anos, e a esterilidade do ventre de Sara. Não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que Deus era poderoso para cumprir o que havia prometido. Assim, também isso lhe foi atribuído para justiça. – Romanos 4.18-22

De desprezada a mãe de um herói

Observe que as mulheres estéreis da Bíblia geralmente tiveram como fruto do seu ventre homens extremamente importantes para todo o seu povo:

Sara, esposa de Abraão, mãe de Isaque; o filho da promessa (Gn 18.10-15; 21.1-3).

Rebeca, esposa de Isaque, foi mãe de Jacó; que se tornou Israel (Gn 25.21).

Raquel, esposa de Jacó, foi mãe de José, o governador do Egito (Gn 29.31; Gn 30.22-24)

Ana, esposa de Elcana, foi mãe de Samuel, que foi profeta, juiz e sacerdote (1Sm 1.1-28).

A esposa de Manoá, mãe de Sansão, o nazireu e juiz fortão (Jz 13.1-25). Sobre ele, o Anjo do Senhor disse: “O menino será nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe, e ele começará a livrar Israel do poder dos filisteus.” (Jz 13.5)

A sunamita – uma mulher de Suném – que foi hospitaleira com o profeta Eliseu, era estéril e Deus lhe deu um filho (2 Reis 4.8-17). Mais tarde, esse menino chegou a morrer e Deus usou o profeta Eliseu para orar até que ele fosse ressuscitado (2Reis 4.18-35). De um ventre “morto” Deus deu “vida” ao garoto que veio a “morrer”, mas Deus “ressuscitou”. Nosso Deus é um Deus de milagres!

Isabel, esposa de Zacarias que foi mãe de João Batista (Lucas 1.5-25,57-80). Essa teve o privilégio de seu filho ser considerado por Jesus Cristo como “o maior dos homens” (Lc 7.28), e em autoridade espiritual “muito mais do que um profeta” (Mt 11.9)!

Uma palavra de fé!

Nosso Deus ainda é o mesmo. Se você está desejando esse milagre, creia! Se você já recebeu, testemunhe seu milagre! Deus te abençoe grandemente.

O Senhor faz com que a mulher estéril viva em família e seja alegre mãe de filhos. Aleluia! (Salmos 113.9)